quinta-feira, 30 de julho de 2009

ESCOLA ESTADUAL GENERAL SIQUEIRA

PROJETO LÍNGUA SOLTA
Trabalho ministrado pela professora Rita de Cássia, disciplina Português em parceria com a professora articuladora do laboratório de informática da nossa escola.

BIOGRAFIA DE LYGIA FAGUNDES TELES



Seu nome de solteira é Lygia de Azevedo Fagundes. Foi a quarta filha de Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, tendo nascido na rua Barão de Tatuí. Em 1938, dois anos depois da separação dos pais, Lygia publicou o seu primeiro livro de contos, Porão e sobrado com a ajuda de seu pai, assinando como Lygia Fagundes. Em 1939 terminou o curso fundamental no Instituto de Educação Caetano de Campos. No ano seguinte, ingressou na Escola Superior de Educação Física, também em São Paulo, ao mesmo tempo que freqüentou um curso pré-jurídico, preparatório para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em 1941 iniciou o curso de Direito e começou a participar activamente nos debates literários, onde conheceria Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Salles Gomes, entre outros nomes da cena literária brasileira. Foi na faculdade que conheceu a poeta que veio a ser a sua melhor amiga, Hilda Hilst. Fez, então, parte da Academia de Letras da Faculdade e escreveu para os jornais Arcádia e A Balança. Ao mesmo tempo, trabalhou no Departamento Agrícola do Estado de São Paulo para pagar os estudos e a sua própria subsistência. Foi também em 1941 que terminou o curso de Educação Física. Em 1944 publicou Praia Viva. Em 1950 casou-se com o jurista Gofredo da Silva Teles Jr. (filho de Gofredo da Silva Teles), que era seu professor na Faculdade de Direito e deputado federal, o que a levou a mudar-se para o Rio de Janeiro, onde funcionava a Câmara Federal. Em 1952, de volta à sua cidade natal, escreveu o seu primeiro romance, Ciranda de Pedra, do qual se faria mais tarde uma telenovela, que é editado no ano seguinte, já depois da morte da sua mãe. Em 1960 separou-se de Gofredo e, no ano seguinte, começou a trabalhar como procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. Em 1962 passou a viver com Paulo Emílio Salles Gomes. Inspirada pelo contexto político brasileiro, escreveu As Meninas. Em parceria com Paulo Emílio, fez uma adaptação para o cinema do romance de Machado de Assis, Dom Casmurro, para o cineasta Paulo César Sarraceni - adaptação que adotaria a alcunha da personagem principal: "Capitu". Em 1970 recebeu o Grande Prémio Internacional Feminino para Estrangeiros, na França, pelo seu livro de contos Antes do baile. Em 1973, o seu romance As Meninas arrebatou os principais prémios literários brasileiros: o Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e o prémio de "Ficção" da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1977, foi galardoada pelo Pen Club do Brasil na categoria de contos, pela sua colectânea Seminário dos Ratos. Em sequência da morte do seu companheiro, Paulo Emílio Salles Gomes, assumiu a presidência da Cinemateca Brasileira, fundada por este.
Em 1982 foi eleita para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, em 1985, por 32 votos a 7, foi eleita, em 24 de outubro, para ocupar a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Pedro Calmon, tomando posse em 12 de Maio de 1987. Em 1995, Emiliano Ribeiro apresentou o filme As Meninas, baseado no romance da escritora. Em 2001 voltou a receber o Prémio Jabuti, na categoria de ficção, pelo seu livro Invenção e Memória. Em março de 2001 recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília. A 13 de Maio de 2005 recebe o Prémio Camões, distinguida pelo júri composto por Antônio Carlos Sussekind (Brasil), Ivan Junqueira (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Vasco Graça Moura (Portugal), Germano de Almeida (Cabo Verde) e José Eduardo Agualusa (Angola).

CONDECORAÇÕES


Medalha Mário de Andrade – Governo do Estado de São Paulo;

Medalha Mérito Cívico e Cultural – da Sociedade Brasileira de Heráldica de São Paulo;

Medalha do Grande Prêmio Literário de Cannes, categoria contos (1969);

Medalha do Prêmio Imperatriz Leopoldina, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (1969);

Ordem do Rio Branco, Comendador (1985);

título Personalidade Literária do Ano de 1987, conferido pela Câmara Brasileira do Livro; medalha Ordre des Arts et des Lettres, Chevalier (1998) e Ordem al Mérito Docente y Cultural Gabriela Mistral, Gran Oficial (Chile).

Agraciada, em março de 2001, com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília (UnB).

OBRAS DA INESQUECIVEL LIGIA FAGUNDES TELES

ROMANCES





Ciranda de Pedra, 1954
Verão no Aquário, 1964
As Meninas, 1973 (Prêmio Jabuti)
As Horas Nuas, 1989
Ciranda de Pedra
é um livro de Lygia Fagundes Telles, publicado em 1954, que depois seria utilizado como base de duas telenovelas homônimas da Rede Globo, em 1981 e em 2008, lembrando que a mais recente versão não é um remake daquela exibida em 1981.
A história acontece aproximadamente entre as décadas de 1940/1950, em São Paulo, e explora as características psicológicas dos personagens.
As Meninas (livro)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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As Meninas é um romance de Lygia Fagundes Telles, escrito em 1973 e premiado com um Prêmio Jabuti em 1974.
Apresenta técnica literária diferenciada: a autora utiliza diversos focos narrativos para contar a história das amigas Lorena, Lia e Ana Clara.
A narração se dá ora em primeira pessoa, trazendo diretamente os pensamentos de Lorena, Lia e Ana Clara; ora em terceira pessoa, com seus sentimentos, conflitos e impressões em discurso indireto livre.
A opção de Lygia não é casual: detalhando os universos das três amigas, o leitor pode vislumbrar os conflitos da juventude durante a Ditadura Militar.

CONTOS DA GRANDE AUTORA LIGIA FAGUNDES


ANTOLOGIAS DA LIGIA FAGUNDES


Seleta, 1971 (organização, estudos e notas de Nelly Novaes Coelho)
Lygia Fagundes Telles, 1980 (organização de Leonardo Monteiro)
Os melhores contos de Lygia F. Telles, 1984 (seleção de Eduardo Portella)
Venha ver o pôr-do-sol, 1988 (seleção dos editores - Ática)
A confissão de Leontina e fragmentos, 1996 (seleção de Maura Sardinha)
Oito contos de amor, 1997 (seleção de Pedro Paulo de Sena Madureira)
Pomba enamorada, 1999 (seleção de Léa Masima).

PARTICIPAÇÕES EM COLETÂNEAS



Gaby, 1964 (novela - in Os sete pecados capitais - Civilização Brasileira)
Trilogia da confissão, 1968 (Verde lagarto amarelo, Apenas um saxofone e Helga - in Os 18 melhores contos do Brasil - Bloch Editores)
Missa do galo, 1977 (in Missa do galo: variações sobre o mesmo tema - Summus)
O muro, 1978 (in Lições de casa - exercícios de imaginação - Cultura)
As formigas, 1978 (in O conto da mulher brasileira - Vertente)
Pomba enamorada, 1979 (in O papel do amor - Cultura)
Negra jogada amarela, 1979 (conto infanto-juvenil - in Criança brinca, não brinca? - Cultura)
As cerejas, 1993 (in As cerejas - Atual)
A caçada, 1994 (in Contos brasileiros contemporâneos - Moderna)
A estrutura da bolha de sabão e As cerejas, s.d. (in O conto brasileiro contemporâneo - Cultrix)

CRÔNICAS PUBLICADAS NA IMPRENSA


Não vou ceder. Até quando?. O Estado de São Paulo - 6 de janeiro de 1992
Pindura com um anjo. Jornal da Tarde - 11 de agosto de 1996

TADUÇÕES E ADAPTAÇÕES DE LIGIA


Para o alemão:
Filhos pródigos, 1983
As horas nuas, 1994
Missa do galo, 1994
Para o espanhol:
As meninas, 1973
As horas nuas, 1991
Para o francês:
Filhos pródigos, 1986
Antes do baile verde, 1989
As horas nuas, 1996
W. M., 199
As meninas 2005 (Les pensionnaires, Brésil 70, un rêve de liberté)
Para o inglês:
As meninas, 1982
Seminário dos ratos, 1986
Ciranda de pedra, 1986
Para o italiano:
As pérolas, 1961
As horas nuas, 1993
Para o polaco:
A chave, 1977
Ciranda de pedra, 1990 (traduzido também para o chinês e espanhol).
Para o sueco:
As horas nuas, 1991
Para o checo:
Antes do baile verde, s.d. (traduzido também para russo)
Edições em Portugal:
Antes do baile verde, 1971
A disciplina do amor, 1980
A noite escura e mais eu, 1996
As meninas, s.d.
Para o cinema:
Capitu (roteiro); parceria com Paulo Emílio Salles Gomes, 1993 (Siciliano).
As meninas (adaptação), 1996
Para o teatro:
As meninas, 1988 e 1998
Para a televisão:
O jardim selvagem, 1978 (Caso especial - TV Globo)
Ciranda de pedra, 1981 e 2008 (Novela - TV Globo)
Era uma vez Valdete, 1993 (Retratos de mulher - TV Globo)

PRÊMIOS DE SUA CARREIRA


Prêmio do Instituto Nacional do Livro (1958)
Prêmio Guimarães Rosa (1972)
Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras (1973)
Prêmio Pedro Nava, de Melhor Livro do Ano (1989)
Melhor livro de contos, Biblioteca Naconal
Prêmio APLUB de Literatura
Prêmio Bunge (2005)
Prêmio Jabuti